quarta-feira, 30 de maio de 2012

E eles foram felizes para sempre!



Vejo essas feiras de casamento anuais, que trazem sempre grandes novidades, e tem de tudo, tudo mesmo!
Vejo casamentos que são milimetricamente planejados, onde tudo é tão certinho, tão ensaiado.
Pessoas alugam roupas, pagam preços irreais em salão de beleza, usam sapatos apertados, que deixam a mostra os band-aids, ensaiam, vão pra praia tirar fotos para serem exibidas na festa.
Cuidam de cada detalhe: a pétala de rosa que a daminha vai jogar nos noivos, a música da entrada do cachorro que vem carregando as alianças, a sandália de borracha que será distribuída na festa com os nomes dos noivos gravados, os bombons personalizados com a caricatura dos noivos, o carro antigo alugado para levar a noiva para a igreja, o prendedor de cabelo com penas de ave rara e straz, o nome das amigas na sola do sapato da noiva, e por aí vai.
A cerimônia em si dura em média 40 minutos, a festa tende a varar a noite.
E depois...
Enfim sós!
E agora?
Passaram um ano ou mais planejando tudo, escolhendo os móveis da casa, a decoração da igreja, o recheio do bolo, que pouco conversaram, pouco se olharam, apesar de se falarem o tempo todo.  
E agora que estão sozinhos, com o vazio pós festa e a rotina do dia-a-dia, agora que sabem o significado do juntos para sempre, agora que um tem o outro bem a frente, a realidade da vida pergunta todos os dias e o tempo todo: e agora?
Por um tempo os amigos virão visitar, e jogos de cartas, cervejas e risadas preencherão o silêncio do novo apartamento. Depois, quem sabe um chorinho de gente nova faça eco dentro desse universo. Mas, naquele domingo, onde nem a programação da TV colabora, onde não se tem nada pra fazer, os amigos estão ocupados sendo felizes na vida de solteiro, e dentro de casa estão uma mulher cansada, descabelada, com a camisa manchada de água sanitária, a unha por fazer, a sobrancelha por tirar, a depilação vencida, a dieta esquecida, e um cara barrigudo, com bafo de cerveja, cansado, chateado com o patrão, preocupado com as contas que vão, com certeza, ultrapassar o valor do salário, o time de futebol que caiu pra segunda divisão, nesse domingão onde só resta um casal normal, o que fazer? O que sentir? O que pensar?
Nessa hora, ao olhar fundo nos olhos da pessoa com quem se casou, pra quem se prometeu amor e fidelidade em qualquer situação, o que vem à mente, o que salta aos olhos, o que vem ao coração é:
EU TE AMO! COMO VOCE É! 
AMO PORQUE SEM VOCE MINHA VIDA NÃO FARIA SENTIDO. 
AMO PORQUE VOCE É TUDO PRA MIM.
EU AMO VOCE!!!
CASA COMIGO DE NOVO?

  


Encerrando as postagens do mês das noivas, deixo de mensagem uma historinha que ouvi no meu cursinho de noivos:

“Uma senhora muito nobre de uma cidadezinha do interior, dizia a uma amiga:
Minha filha casou muito bem! Está feliz e vive uma vida de princesa ao lado do marido.
Ele faz de tudo pra ela: lava, passa, aprendeu até a cozinhar! Cuida de tudo pra que ela não se canse. O tempo todo atrás dela fazendo-lhe as vontades. E os presentes? Cobre minha menina de presentes, faz questão de agradar.
Já meu filho, esse coitado, não deu muita sorte!
Casou com uma fulaninha que só explora o pobre!
Faz ele lavar, passar, ele teve até que aprender a cozinhar, só pra ela não ficar cansada, pode? Ele passa o tempo todo fazendo as vontades dela e ainda tem que pagar a conta dos presentes que dá pra ela, pra agradar. Morro de pena dele... "



Nenhum comentário:

Postar um comentário